CSI Sumaré

Toda vez que a geladeira era aberta um odor cadavérico espalhava-se pela cozinha, corredor, quartos e MUNDO. Daí eu adquiri uma tática pra fugir disso: pensava no que precisava de dentro da geladeira, abria um pouco a porta, pegava rapidinho o que queria e fechava a porta. UFFFF. O exercício do dia. Muito mais eficaz do que limpar a geladeira, claro.

E hoje eu queria salada de tomate com cebola e pimentão. E, ah, cheiro-verde, né? Tive que abrir a gaveta da geladeira. Num tem como abrir a gaveta pela frestinha. Criei coragem, abri toda a porta e peguei o tomate. Que estava sobre uma batata verde. Não verde de não-madura, verde de bolor, toda uma fauna assassina e desconhecida. Em putrefação. E tinha uns pontinhos brancos que pareciam neve. JENTI, um nojo.

Peguei a gaveta e joguei TU DO fora. E já coloquei o lixo na rua. Na lixeira do vizinho, por que certeza que vão chamar a polícia por suspeita de corpo no saco de lixo, código 2706, câmbio, James.

No fim das contas não teve salada e minhas mãos exalam a homicídio. KÉDIZÊ...